Dançando e rodando (nem sempre em ritmo de festa)
Renan, um motorista de uma van Towner azul bebê, um personagem claramente inspirado naquilo que nós acreditamos que é o extremo do brasileiro, mas que a cada dia que passa se mostra um retrato do "cidadão comum" do nosso país

Renan, um motorista de uma van Towner azul bebê, um personagem claramente inspirado naquilo que nós acreditamos que é o extremo do brasileiro, mas que a cada dia que passa se mostra um retrato do "cidadão comum" do nosso país, volta e meia solta alguma pérola que é engraçada, mas ao mesmo tempo, traz uma verdade que nós nem sempre temos a capacidade de expressar.
"O sonho de todo profissional é abandonar sua profissão"
"Mas André, eu amo meu trabalho", você pode argumentar. Mentira, ninguém realmente gosta de trabalho. Sabe aquela máxima "Se trabalho fosse bom, a gente não cobrava pra fazer"? Trabalha de graça pra ver o quanto você gosta disso que você tem que fazer todo dia, das 9 às 17h, pegando trânsito, aguentando chefe pentelho, fofoca, café mal passado, hora extra que nunca é remunerada porque algum corno inventou o conceito de "banco de horas" e que você nunca vai conseguir retirar porque a simples menção faz teu chefe ficar de birra com você.
Onde já se viu tirar a folga que eu tenho direito? Jamais!
Eu tava onde mesmo? Ah! Ninguém gosta do trabalho. O que pode acontecer é, em alguns casos, você encontrar algo que você seja realmente bom, o que numa ilusão absolutamente cretina que o nosso cérebro cria e acredita piamente, nos proporciona algum prazer.
Você algo que fez "DESLIZANDO", ficou legal e pensa "Foda!". Porém, o dinheiro ainda precisa entrar. E você precisa encontrar algum sentido naquilo que faz pra isso.
Por isso, aqui estamos.
Desde os tempos mais primórdios (🎵 o caralho está aí🎵), nós meio que entendemos que isso aqui, escrever sobre cultura pop e o que mais surgisse nas nossas cabeças, era o que a gente sabia fazer de melhor.
Parece besta, pode ser argumentado com "Mas qualquer um pode fazer isso" e eu concordaria com a segunda parte, mas respondo com "Mas não do jeito que nós fazemos".
CUT MY LIFE INTO PIECES THIS IS MY LAST RESORT
A primeira vez que Thiago e eu fizemos algo juntos pra internet foi em setembro de 2007. Quase vinte anos atrás. Absurdo, já tenho alguns cabelos brancos, Thiago nem cabelo mais tem, mas algo mudou nessas quase duas décadas e não estou falando das receitas de remédio pra cabeça porque vocês não têm ideia de como tá a mente do palhaço.
Experiência aliada com um tantinho assim 🤏🏻 de mocoronguice.
Algo que nós sempre tivemos foi o nosso jeito de falar, nosso jeito de escrever e era isso que diferenciava as nossas bobices das bobices dos outros.
Sites terminaram. CHOROS FORAM CHORADOS. Estamos aqui novamente.
Não pensando em um trabalho. Talvez pensando em eventualmente ganhar um dinheiro. Só que pelo menos com a ideia de que estamos fazendo algo que achamos que somos bom o suficiente pra fazer algo que vocês gostem. A gente já tá gostando.